terça-feira, 10 de abril de 2012

O Comércio


- O comércio é a actividade intermediária de troca que ajuda os produtores a escoarem os seus produtos, permitindo que os consumidores tenham acesso aos bens que desejam.
- O comércio baseia-se na troca voluntária de produtos. As trocas podem ter lugar entre dois parceiros, comércio bilateral, ou entre mais do que dois parceiros, comércio multilateral.
- Na sua forma original, o comércio fazia-se por troca directa de produtos de valor reconhecido como diferente pelos dois parceiros, cada um valoriza mais o produto do outro. Os comerciantes modernos costumam negociar com o uso de um meio de troca indireta, o dinheiro.

Comércio Grossista: É quando o grossista contacta directamente com o produtor e reúne, por vezes produções que se encontram dispersas.
Exemplo: Makro
Comércio Retalhista: Quando os produtos são adquiridos junto do grossista, oferecendo-os aos consumidores nos locais e nas quantidades que eles necessitam. O retalhista contacta com o consumidor final.
Exemplo: Frescos

Circuitos de distribuição

Os circuitos de distribuição são as etapas percorridas pelos bens ou serviços, entre o produtor e o consumidor final.


Estes são caracterizados pela sua extensão:


Circuito ultra curto - quando o produtor oferece directamente os seus produtos aos consumidores, eliminando-se assim, qualquer intermediário.


Produtor     ------>     Consumidor


Circuito curto – caracteriza-se por ser o produtor a assumir o papel de grossista (ou armazenista), vendendo os seus produtos ao retalhista, que, por sua vez, os comercializa ao consumidor final.
Quando entre o produtor e o consumidor existe apenas um intermediário.


Produtor   ------>          Retalhista    ------>          Consumidor



Circuito longo - quando intervêm dois ou mais intermediários desempenhando diferentes funções que estabeleçam ligações entre o produtor e o consumidor.

Produtor    ------>          Grossista    ------>          Retalhista    ------>         Consumidor


segunda-feira, 9 de abril de 2012


Tipos ou formas de comércio

O comércio retalhista organiza-se de várias formas, de forma a obter melhores resultados.
                                                                                                  
 Comércio independente:
·       É constituído na grande maioria das vezes por empresas familiares, de dimensões relativamente pequenas, onde empregam um número reduzido de trabalhadores.

·       Este comércio encontra-se espalhado por centros habitacionais, junto dos consumidores ou em pequenos centros urbanos.

·       O ponto de venda dedica-se, em geral á comercialização de um tipo de produto.

 Exemplo: Lojas de roupa, lojas de ferramentas, minimercados ou até comércio ambulante.


Comércio Associado:


·        Compreende empresas que mantêm a sua independência jurídica, associando uma ou mais actividades, de modo a obter vantagens, e a competir com o comércio integrado.

·        Têm como objectivo efectuar compras em conjunto e obter preços mais baixos, devido ao grande volume de compras.

·         Podem desenvolver operações promocionais de maior escala, conhecer melhores mercados e gerir mais racionalmente os stocks.


   Exemplo: Cooperativas de produtos alimentares, ou de produtos agrícolas.



Comércio Integrado:


·         Devido á sua grande dimensão, reúne as funções grossista e retalhista, explorando cadeias em pontos de vendas identificados pela mesma insígnia, e, aplicando políticas comuns de gestão.

  Exemplo: Supermercados Pingo Doce, a worten, a vobis, etc.


Dentro do comércio integrado temos:

    Os grandes armazéns - são sociedades que oferecem no mesmo local diferentes categorias de produtos, arrumados em secções, funcionando cada secção como se tratasse de uma loja especializada. Neste tipo de lojas, o consumidor encontra uma variedade de produtos, num mesmo edifício, o que se torna mais cómodo.

   Exemplo: O Corte Inglês


    Os armazéns populares - são sociedades que se dirigem a consumidores de menor poder de compra ou que pretendem gastar menos. Apresentam uma variedade de produtos mais reduzida, vendendo em geral em livre serviço, com o objectivo de reduzir os custos e oferecer preços mais baixos.

   Exemplo: Lojas Paga pouco, mini preço.
  
    As grandes superfícies - são lojas de grande dimensão, oferecendo uma variedade e diversidade de produtos, sobretudo bens alimentares e de higiene.
   Exemplo: O Continente.
  
    As grandes superfícies especializadas - são lojas de grande dimensão, dirigidas para a mesma gama de produtos.
   Exemplo: FNAC, especializada na área de livros e música;
                    Staples, especializada na área de artigos para o escritório.


  O franchising - são empresas que embora se mantenham jurídica e financeiramente independentes umas das outras, estão ligadas por contrato à sociedade mãe, aplicando políticas comuns.
   Exemplo: Benetton, McDonald’s.


 



Método de vendas

Venda á distância: Técnica de venda onde os produtos são apresentados ao consumidor através de meios de comunicação, como a televisão, o catálogo, respondendo os consumidores por meios idênticos, quer por catálogo, telefone, envio de cupões pelos correios. Neste tipo de venda não existe o contacto directo entre o comprador e o vendedor.


Venda automática: Este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em locais públicos e de grande circulação, como por exemplo aeroportos, hospitais, escolas. Neste meio de vendas, podemos comprar desde bilhetes, comida, bebidas, tabaco. A forma de pagamento utilizada é o dinheiro, mas também já há através de cartões de débito ou crédito.


Venda directa: Exige o contacto directo entre o vendedor e o consumidor, este contacto não é feito no ponto de venda, mas sim na casa do cliente ou no emprego sendo designada por venda porta-á-porta.

Cibervenda: Consiste na venda ou aquisição de bens ou serviços através da internet, pode-se comprar desde livros, CDs, bilhetes, roupa.






A Moeda

A moeda é um bem de aceitação generalizada que expressa o valor dos bens, funcionando como um intermediário das trocas.


Funções da moeda:
 
 Medida comum de valor - a moeda simplifica as trocas, pois expressa o valor dos bens e serviços.

 Meio de pagamento - sendo a moeda aceite obrigatoriamente por todas as pessoas, permite adquirir qualquer bem ou serviço, bem como liquidar qualquer dívida.

 Meio de reserva de valor - é possível guardar moeda, ou seja poupar, para adquirir bens e serviços no futuro, podendo ser utilizada em qualquer momento.










Formas da moeda


Moeda mercadoria - é um determinado bem considerado importante que é aceite como intermediário nas trocas. Como por exemplo temos o sal, o chá, cabeças de gado, o ouro, etc.

 
Moeda metálica - é um metal de aceitação generalizada, usado como intermediário nas trocas.Actualmente, é usada como moeda divisória ou de trocos, embora o seu valor facial não corresponda ao seu valor real.

 
Moeda de papel - Engloba a moeda representativa, a moeda fiduciária e o papel - moeda.

 
Moeda representativa - Notas em circulação que correspondem ao valor exacto depositado em metal precioso nos cofres dos bancos.

 
Moeda fiduciária - Notas convertíveis emitidas num montante superior ao valor efectivamente depositado.

 
Papel-moeda – Notas inconvertíveis de curso forçado imposto pelo Estado.

 
Moeda escritural – Depósitos bancários movimentados através de cheques, transferências, ordens de pagamento ou cartões de multibanco.


 Desmaterialização da moeda

A desmaterialização da moeda está associada ao surgimento de novas moedas. Hoje em dia, a forma de moeda mais utilizada em todo o lado é a moeda escritural. Os cartões bancários, os cheques e as instruções informáticas aos bancos têm sido os substitutos dos pagamentos em dinheiro vivo.
Isso acontece devido ao facto de cada vez mais não existir contacto físico com a moeda. A moeda vai perdendo o seu conteúdo material.  

 
Formas actuais da moeda
 
- Moeda de trocos: constituída pela moeda metálica e utilizada para pagamentos de baixo valor.
- Papel moeda: constituída pelas notas e utilizadas para pagamentos de maior valor.

- Moeda escritural: que pode ser movimentada através de depósitos bancários, cheques, transferências e empréstimos bancários.







O Euro – A nova moeda Portuguesa


O euro () é atualmente a moeda única de 17 Estados - Membros da União Europeia, que em conjunto formam a zona euro. O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de Janeiro de 1999.

Foi também em 1999 que o Banco Central Europeu fixou as taxas de conversão da moeda de cada país aderente. Para os países poderem entrar para Zona Euro têm de cumprir um conjunto de critérios, conhecidos como critérios de Maastricht ou critérios de convergência nominal. Em resultado da adesão de Portugal à União Europeia, o escudo deixou de circular, a partir de Março de 2002, sendo substituído por moedas e notas de euro.

A Zona Euro é composta pelos seguintes países da União Europeia, que adotaram a moeda comum:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Alguns países pequenos que não praticam políticas de moeda própria usam também o euro: Andorra, Mónaco, São Marino e Vaticano. Montenegro também utiliza o euro como sua moeda oficial. Também no Kosovo, o euro passou a circular mesmo antes da sua declaração de independência.

Datas de introdução do Euro nos Estados-Membros
1999 

Bélgica, Alemanha, Irlanda, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Portugal e Finlândia.
2001
Grécia
2002
Introdução de notas e moedas em euros
2007
Eslovénia
2008
Chipre, Malta
2009
Eslováquia
2011
Estónia

-> Com a adoção do Euro foram postas em circulação:

  - Moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos e de 1 e 2 Euros. 

  - Notas de 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 Euros.


Vantagens para os cidadãos:

  - Permite comparar mais facilmente os preços;
  - Reduz os custos nas deslocações a países da Zona Euro, pois foram eliminadas as comissões e as taxas de câmbio;
  - Garante maior estabilidade do poder de compra dos europeus;
  - O euro permite taxas de juro mais baixas e o recurso mais barato ao crédito;
 - Estimula o crescimento económico, sendo um factor positivo para a criação de emprego.
Vantagens para as empresas:

  - Elimina os custos das transacções dentro da Zona Euro;
  - Reduz os riscos cambiais e os custos das operações financeiras, fazendo baixar os preços;
   - Constitui um incentivo ao investimento, estimulando o crescimento;
   - Cria uma zona de comércio mais alargada e mais homogénea. 


Vantagens para a economia europeia:

   - Torna mais visível a moeda de pequenos países;
   - Torna a economia dos países mais estável;
   - Permite uma estabilidade monetária duradoura;
   - Reforça o peso político e económico da Europa, face aos parceiros internacionais;
   - Reduz as taxas de juro, estimulando o investimento e o emprego.



Desvantagens aos países aderentes:
   - Perda de autonomia em matéria de política monetária;
   - Os governos deixaram de poder usar a desvalorização da moeda como estratégia que permitia, em épocas de crise, aumentar competitividade das exportações;
   - Tiveram de ser suportados os encargos relacionados com a implementação e adaptação da nova moeda, assim como a aquisição de equipamentos, substituição de programas informáticos e a formação.

      















O Preço de um Bem

O preço de um bem, é a quantidade de moeda necessária para se obter um determinado bem ou serviço.
É importante distinguir o valor de troca do valor de uso: 

Valor de uso: corresponde ao conjunto das características próprias dos bens, que vai levar as pessoas a escolherem os bens.

Valor de troca: corresponde ao valor dos bens, ao valor porque podem ser comprados.



Fatores que influenciam o preço de um bem:

·         Os custos de produção, que entram na produção dos bens;

·         Os custos do fator trabalho, que são precisos para produzir os bens;

·         Os preços dos bens, que possam ser substituíveis;

·         A intervenção do Estado, através de pagamento de impostos fazendo aumentar os preços, ou através de subsídios fazendo diminuir os seus preços;

·         A imagem de marca do produto, pois a empresa poderá pretender afirmar-se ao criar uma imagem de prestígio para o seu produto e assim fixar os seus preços mais elevados;

·         O número de compradores e de vendedores, pois se uma empresa produz sozinha um bem, necessariamente terá mais possibilidades de fixar o preço de que a empresa que trabalha num mercado de concorrência, onde os compradores podem escolher a empresa que oferece melhores preços.







A Inflação

A inflação é a subida inesperada, contínua e generalizada do preço dos bens e serviços.
A inflação é uma subida:
Ø  Inesperada, porque não se trata de uma subida de preço esperada, como acontece por exemplo com os frutos de época;
Ø  Contínua, porque tal subida deve ser observada ao longo de um determinado período de tempo;
Ø  Generalizada, porque deve dizer respeito á maioria dos bens e serviços.


Tipos de inflação
- Inflação moderada: quando os preços sobem lentamente, a uma taxa, em geral, de um só dígito;

- Inflação galopante: quando os preços começam a subir de uma forma mais rápida, ás taxas de dois dígitos, por exemplo, 10% ou 90% ao ano.

- Hiperinflação: quando os preços sobem de forma descontrolada e anormal, atingindo valor muito elevados, com taxas de três ou mais dígitos.


Causas da inflação

- Excesso de moeda em circulação;
- Aumento dos custos de produção;
- Aumento dos salários sem aumento da produtividade;
- Política de crédito do governo;
Consequências da inflação
- Depreciação do valor da moeda;
- Depreciação das condições de vida;
- Aumento do recurso ao crédito;